Assim, com os cases de sucesso global, estamos trazendo em nosso blog, uma série de entrevistas e depoimentos que realizamos com nossos mentores, para falar sobre carreira, mentoring, inovação, Vale do Silício, desenvolvimento e comportamento humano, entre outros temas.
O primeiro desta série é o Dr. João Oliveira, da Casa dos 7 Saberes , gravado diretamente no Vale do Silício, onde conversamos sobre mentoria e a região mais inovadora do mundo. Confira!
O João pelo João. Fale sobre você.
Comecei a trabalhar muito cedo, com 11 anos de idade, sendo cobrador de ônibus em uma cidade do interior, numa época em que o trabalho infantil não era problema, para ajudar a sustentar a família, com três irmãs, pai e mãe.
Foi um período difícil mas muito importante porque eu levantava às 4 horas da manhã, às vezes num frio muito forte, para lavar os ônibus, encher a bateria de água, etc.
Foi uma época difícil, mas importante por que hoje eu posso valorizar cada manhã acordando a hora que eu quiser, pra fazer o que eu quiser.
E é até complicado falar isso porque as pessoas de hoje, que vivem o momento atual principalmente os nossos filhos e netos, não são submetidos à mesma pressão que havia em minha época, na década de 60, 70, que pode ter formado uma geração de pessoas mais habituados a leva “pancada” a ter mais resiliência.
Hoje em dia, as pessoas são muito mais susceptíveis a qualquer tipo de pressão, desistem muito rapidamente, talvez porque não tenham passado por dificuldades, não ter encarado a vida de uma forma mais dura.
Eu acredito que é a maciez que provemos aos nossos filhos pode estar prejudicando o crescimento e a formação deles.
O João é isso, resultado de uma vida dura e de tentar fazer algo melhor por si e pelos outros que estão próximos. É por isso que eu busquei sempre informações, até a finalizar com a psicologia. A psicologia não é a minha primeira profissão é uma escolha. Eu primeiro busquei sobreviver e, depois, escolher o que realmente tinha vocação, aquilo que saiu da minha alma que é ajudar as pessoas, trabalhar e me relacionar com as pessoas. E a psicologia me deu essa possibilidade.
João, pelo que você traz no seu trabalho e na sua influência, existe uma fome, uma vontade muito grande de produzir e de fazer coisas. Qual é a origem disso?
A palavra chave é produção, é legado, deixar algo, que pode ter começado na infância mesmo, ali nos meus 11 anos de idade, é absorver o máximo possível de conhecimento e de alguma maneira materializar isso no mundo real, através dos livros, através dos artigos, dos contos, dos cursos.
Eu escrevo muito, gosto muito de escrever e às vezes o acordo 3 horas da manhã, vou direto para o computador e fico até às 7 ou 8 horas da manhã, produzindo, escrevendo. Eu acredito que é uma tentativa de materializar o que está dentro da mente o que são apenas impulsos eletroquímicos em coisa real.
Você hoje é uma pessoa que tem muito conhecimento e experiência. Como é que você imagina que outras pessoas que queiram se conectar com seu trabalho, qual seria o melhor caminho?
Espero que ninguém tenha que passar pelo que eu passei para chegar onde estou. Hoje, há caminhos mais fáceis, há caminhos de menor sofrimento. Mas, uma forma interessante, é você primeiro descobrir qual o seu propósito de vida, porque o meu propósito de vida é único, individual, tem a ver com a minha própria existência, é a experiência que tive, que eu passei ou deixei de passar e como interpretei isso.
Descobrir o seu propósito de vida e logo depois descobrir qual é o melhor meio de adquirir conhecimento.
Hoje as pessoas são muito superficiais, acham que a internet tem respostas para tudo.
É muito comum a pessoa chegar no meu consultório e falar “eu tenho isso”, mas isso quê? Isso que eu li no Google que o sintoma disso é referente a isso, etc. Então, as pessoas vão se autodiagnosticando, se automedicando, as pessoas vão encontrar um caminho às vezes superficiais soluções que não são reais, são soluções rápidas, querem pílula para tudo.
Então, você deve descobrir o caminho para você adquirir conhecimento e se aprofundar neste conhecimento, procurar uma formação, uma certificação que dê embasamento teórico de fato e praticar, ter experiência. Afinal, todo conhecimento deve ser aplicado.
Se você tem conhecimento não aplica, você está deixando de contribuir com o universo e desperdiçando seu próprio investimento, seja o tempo estudando e o financeiro também, talvez viagens, tempo de leitura e se você não coloca em prática foi jogado fora.
Em algum você vai deixar de existir e se isso não foi materializado, se você não trocou experiência, não passou isso para frente, você não deixou sua marca em alguém ou se não recebeu a experiência do outro também incorporar na sua, então não valeu a pena você ter investido tempo dinheiro e sacrifício para aprender alguma coisa.
Às vezes você até vê os aprendizados mas você não quer ouvir. No seu caso, você é uma pessoa que tem experiência mas é humilde pra olhar o outro e entender que aquilo serve para você. De onde vem isso? Como é que uma pessoa, por exemplo, que já tenha um certo sucesso pode olhar para si buscar auto melhoria, buscar evoluir tendo o outro também como aprendizado, independente de quem seja?
Acredito que aprendi isso com o Darcy. Essa coisa de você saber que qualquer pessoa tem algum conhecimento diferente do seu, que qualquer pessoa tem uma experiência diferente da sua e lhe pode ser útil.
De alguma forma, qualquer pessoa pode ensinar algo desde que você tenha paciência, tenha empatia, capacidade de ouvir o outro, uma escuta passiva ou ativa dependendo da situação e do momento.
Por profissão, ouvir é a base fundamental para você ter elementos, ter conteúdo para você ser assertivo com seu paciente, com seu cliente.
Em mim, eu acho que vem de ter tido bons professores que souberam atrair minha atenção
Acredito que se você encontrar alguém que você admira, se você encontrar alguém que você realmente respeita você pode se viciar em querer mais, mais informação, mais conteúdo.
João, o que você viu aqui no Vale do Silício, o que você acha agora, tendo a vivência que você teve que diferencia essa região das outras no mundo?
Eu tenho uma cidade que em um momento histórico foi muito similar ao Vale do Silício.
Andando em São Francisco, visitando as empresas, ouvindo os CEOs, ouvindo as pessoas que têm experiência de vida aqui no Vale do Silício, me lembrou muito a cidade de Florença, na Itália. Os 500 maiores gênios do mundo são florença, mas de uma época específica na história.
O florentino continuou bebendo da água do mesmo rio, andando pelas mesmas ruas de pedra mas cadê os gênios, a criatividade de tantos e tantos mestres que até hoje são líderes de venda com seus livros, embora já tenham falecido há 500 ou 600 anos.
É porque havia uma liberdade naquela época as pessoas tinham os seus mecenas, seus patrocinadores e o artista, o talento se preocupava apenas em produzir, havia liberdade para isso. Não havia repressão sexual, não havia repressão religiosa e as pessoas tinham liberdade para poder criar aquilo que lhe viesse à cabeça.
É muito similar com a história de São Francisco. As pessoas têm liberdade, tem tolerância, tem respeito um pelo outro. É algo muito diferente de outros estados, aqui mesmo, dentro dos Estados Unidos.
A situação da liberdade de expressão, da miscigenação, do respeito à outra cultura, do procurar no outro aquilo que eu não tenho e aceitar isso sem problema nenhum.
É a abundância, está sobrando, vou distribuir. As maiores empresas disponibilizam conhecimento, e não há miséria quando as pessoas sabem compartilhar. Isso acontece aqui.
Infelizmente, mesmo que você vá até o Vale, faça uma cópia, crie um protocolo para replicar exatamente igual em qualquer cidade do mundo, não vai ter o mesmo resultado.
Aqui é o berço de idéias que mudaram o mundo com a liberdade de expressão. Eu só preferiria que aqui fosse um pouco mais quente, é a única coisa que incomoda um carioca que gosta de praia, mas as pessoas são diferentes sim, o pensamento é diferente, tem miséria, tem pobreza, mas as pessoas que estão dispostas a trabalhar encontram lugar, o talento reconhecido tem liberdade de expressão, o chefe não poda o colaborador, o funcionário tem uma tarefa para cumprir, ele pode ir para casa completar a tarefa, desde que a cumpra.
E quem está aqui está querendo produzir e deixar sua marca no universo, querendo materializar aquele expulsos eletroquímicos que saltam em fendas sinápticas, está querendo tornar isso parte do mundo real. Realmente, se parece muito com Florença e, ainda assim, bem distante no tempo.
Fale um pouco do teu trabalho, um verdadeiro pitch apresentando o que você faz e como as pessoas podem te encontrar para ter uma aproximação e virar seu cliente.
Eu tenho eu tenho uma multiplicidade de atividades e isso é prejudicial porque a minha identidade está muito fragmentada, então eu tenho todos os dias com consultório na nossa clínica em Copacabana.
Eu tenho a hipnose sensorial como uma produção com minha esposa, Beatriz Acampora, que é uma junção de várias técnicas de hipnose do mundo inteiro, nós temos luzes, aromas, frequências, etc., todo um aparato pra potencializar a hipnose clínica.
Trabalhamos muito com a ativação neural ampliando a capacidade cognitiva. Este é um perfil.
O outro perfil é análise comportamental. Nós temos um trabalho bem sólido com linguagem não verbal, inclusive no Brasil estamos abrindo caminho para os próximos profissionais que vão trabalhar com laudos jurídicos de análise comportamental, analisando depoimentos e pessoas.
E a outra faceta que eu também poderia destacar como interessante é o neuromarketing, a questão de juntar tudo isso (hipnose, linguagem não verbal, a experiência congnição-linguagem) para aplicar nas vendas, para vender o seu produto, seu talento, seu serviço, sua voz, sua personalidade, enfim, a sua presença no mundo.
O neuromarketing junta tudo, e você consegue com técnicas, protocolos e dicas, fazer mudanças simples que podem mudar tudo. Temos cases muito interessantes mostrando como você pode apresentar o seu pitch, seu produto, serviço, seja lá o que você queira entregar, numa comunicação mais apurada, clarificada, um processo comunicacional limpo onde a pessoa lhe entenda que isso facilite a sua entrega e, isso, numa abordagem ética.
Estamos falando realmente de uma facilidade de transmissão de conteúdo para outra pessoa e isso é muito muito interessante, pois envolve até as mínimas coisas, desde as cores que você usa, das palavras que você verbaliza, os gestos que faz, o ambiente onde você está.
Gostaria de acrescentar algo mais, sobre sua experiência no Vale do Silício, com a Global, etc?
Eu queria agradecer ao Cláudio Brito pela oportunidade de estar aqui em Berkeley e no Vale do Silício. Porque, realmente, vir aqui sem alguém indicar, torna tudo mais difícil, as portas não se abrem com facilidade. Você precisa ter contato, networking e o que seria um investimento muito caro, alto, se tornou algo acessível graças à Global Mentoring Group.
E, caso você tenha interesse em fazer uma formação em mentoring empresarial, caso você tenha interesse em conhecer o vale do silício e queira está com pessoas que realmente movem o mundo e fazem a diferença, aconselho você a buscar o curso com esse perfil.
Este que estou fazendo agora, finalizando é indicado principalmente se você não tem acesso ao vale do silício.
Vir acompanhado ao vale do silício é muito, muito importante porque se você está pensando em tirar selfie na porta do Google, na porta do Twitter ou na Microsoft, fique à vontade, pegue o avião e venha pra cá.
Agora, se você quer entrar nas empresas, quer ouvir a experiência de quem realmente sabe, que está fazendo acontecer, então você teve deve estar acompanhado, deve estar com alguém que saiba como tocar a campainha e abrir as portas por aqui.
Veja mais detalhes deste case neste vídeo gravado com o mentor durante nossa Imersão, realizada no Vale do Silício.
Ainda sobre o tema “Vale do Silício”, João compartilhou em seu LinkedIn, o artigo “O que vale no Vale, vale aqui?“, em que ele apresenta suas impressões e reflexões sobre a região mais inovadora do mundo. Recomendamos a leitura. Aqui está o link:
ARTIGO: O que vale no Vale, vale aqui?
João Oliveira esteve em nossa imersão no Vale do Silício. Quer ter a mesma experiência? Saiba como funciona neste link, com todos os detalhes da nossa Imersão Presencial.