Primeiramente, preciso contextualizar você com dados de um estudo da Harvard University, da The Carnegie Foundation e da Stanford University, a qual concluiu que 85% do sucesso no trabalho vem de ter habilidades comportamentais bem desenvolvidas, enquanto apenas 15% depende de habilidades técnicas.
E é nesse contexto que a neurociência entra, uma vez que ela nos dá a possibilidade de compreender a mente humana, de como ela funciona e como podemos procurar soluções para melhorar nosso aprendizado, comportamento e habilidades interpessoais (soft skills).
Nesse sentindo, irei mostrar aqui 3 maneiras de a neurociência melhorar a sua performance, bem como, desenvolver suas habilidades.
Conhecimento x Habilidades
Antes de tudo, você precisa entender um pouco sobre a diferença de conhecimento e de habilidade.
O conhecimento está sempre mudando, de acordo com o que você aprende coisas novas e está diretamente ligado às necessidades do mercado.
Já as habilidades independem das inovações em processos ou tecnologia, são únicas e exclusivamente sua, desenvolvendo escuta criativa, comunicação eficaz e liderança – soft skills requisitadas, necessárias e valorizadas pelo mercado.
3 maneiras para neurociência melhorar sua performance
Conforme já falamos no início desse texto, a neurociência abre caminho para aprofundar a compreensão científica do comportamento humano, e pode ser aplicada na prática no desenvolvimento de pessoas, desempenho, eficácia, diferenças individuais, estilos de processamento, motivação, felicidade, recompensa, etc.
E isso abre portas para aqueles interessados no seu autoconhecimento e desenvolvimento pessoal.
Então, aqui estão algumas áreas que você precisa trabalhar para melhorar a sua performance:
Diminua o estresse
Infelizmente, todos nos temos experiências estressantes no nosso dia a dia, e que muitas vezes nos causam um “nevoeiro cerebral”, esquecimentos, pensamentos irracionais e emocionais, coisas fora do nosso controle.
O estresse pode fazer com que seu cérebro fique paralisado no pior momento possível, seja em uma entrevista, apresentação ou conhecendo seu futuro chefe pela primeira vez.
Mas este é um mecanismo de sobrevivência – quando confrontado com uma situação ameaçadora, o instinto supera qualquer pensamento racional. Um pouco de estresse é útil, pois prepara seu cérebro para uma resposta ideal, motivando você a trabalhar duro e se sair bem sob pressão.
No entanto, é bom reconhecê-lo e criar mecanismos que diminuam o estresse. Para isso, a neurociência nos ajuda a seguir as dicas:
- Acalme seu estresse com uma tarefa única para a eficiência do cérebro.
- Tenha um plano. Tarefas inacabadas distraem você, enquanto planejar e não terminar aumenta a ansiedade.
- Mova-se para modificar os circuitos cerebrais e reduzir os hormônios do estresse.
Tome uma decisão de cada vez
Você toma decisões o tempo todo, conscientemente e inconscientemente, confiando no seu conhecimento para ajudá-lo a avaliar suas diferentes opções e acessando a memória de longo prazo em busca de pistas de experiências passadas.
Às vezes, recordar um evento em particular pode ajudar a desencadear uma emoção e ativar seu sistema límbico emocional. Assim, as áreas corticais do cérebro mantêm a atenção na decisão acrescentando algum raciocínio.
É preciso esforço para usar todas as partes do cérebro envolvidas na compreensão de todos os fatores.
Então, pense no seu cérebro como se fosse um smartphone: quanto mais usa – para aplicativos, música, roaming de dados, chamadas de voz, Facetime, textos, WhatsApp, Instagram – mais rápido a bateria acabará.
Ou seja, usar seu cérebro para várias decisões é o mesmo que usar seu smartphone em diferentes intensidades ao longo do dia. Com a fadiga de decisão, você tem menos resistência e ficou sem bateria.
Portanto, para que você tome uma decisão de cada vez e da forma correta:
- Distancie-se do problema para permitir o “raciocínio lógico”.
- Pese conscientemente as opções para unificar seu cérebro racional com os sinais emocionais que surgem.
- Use sua imaginação para conter os impulsos. Pressionar o botão soneca significa 10 minutos a mais de sono, mas levantar significa que você tem tempo para o café da manhã.
Mantenha-se motivado
Manter o envolvimento e a motivação são grandes problemas para as organizações e para nós mesmos, ainda mais com um cenário de mudanças de funções, trabalho flexível, fusões, reestruturações e crescente insegurança.
Isso porque os seres humanos são levados a realizar atividades que recompensam ou o removem da ameaça. Esse impulso reforça os comportamentos, de modo que você fica motivado a realizar a mesma ação novamente.
Seu cérebro trata as necessidades de sobrevivência como recompensadoras e motiva você a atender a essas necessidades.
Dessa forma, compreende-se que a força das conexões com as partes do cérebro que se conectam aos sistemas de recompensa depende tanto da genética quanto da experiência. Assim, as pessoas são motivadas de maneiras diferentes.
Então, para manter-se motivado:
- Conecte-se com o seu propósito. Lembre-se do porquê você está fazendo algo, especialmente ao realizar tarefas consideradas chatas e repetitivas;
- Mantenha-se curioso para aumentar as interações nos circuitos de recompensa do cérebro.
- Recompense-se por tarefas tediosas. Dê a si mesmo um impulso de dopamina marcando o que você alcançou ou prometendo a si mesmo uma pausa para o café.
Em síntese, conhecer nossos comportamentos e como nosso cérebro funciona diante de uma situação, por meio da neurociência, nos dá oportunidade de criar mecanismos que melhoram nossas habilidades e, consequentemente, nossa performance profissional.
Portanto, dê sempre uma revisitada nesse artigo para pegar ver as maneiras da neurociência melhorar a sua performance.